O Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, sempre foi um símbolo da luta por direitos, salários justos e melhores condições de trabalho. Mas, nos últimos anos, um novo movimento tem ganhado protagonismo: o crescimento do empreendedorismo no Brasil.
Empreender deixou de ser apenas uma alternativa diante da crise para se tornar uma escolha consciente. Hoje, milhões de brasileiros enxergam o negócio próprio como um caminho legítimo de realização pessoal, liberdade econômica e autonomia profissional.
Mais de 60% dos brasileiros sonham em empreender
Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizada pelo Sebrae em parceria com a Anegepe, 60% dos brasileiros querem ter o próprio negócio. É o maior índice desde o início do levantamento há 23 anos.
Esse dado representa um crescimento expressivo em relação a 2021, quando o percentual era de 46%. O que antes era visto como um plano de emergência hoje se consolida como um projeto de vida.
51 milhões de brasileiros querem abrir um negócio até 2025
A mesma pesquisa revelou que cerca de 51 milhões de brasileiros pretendem empreender nos próximos três anos, o que corresponde a 53% da população adulta que ainda não possui um negócio próprio.
Essa estatística revela que o desejo de empreender é uma tendência consolidada, que atravessa faixas etárias e perfis sociais, impulsionada pelo sonho de maior flexibilidade, propósito e crescimento financeiro.
Os jovens estão na linha de frente dessa mudança
Entre os jovens de 18 a 27 anos, 30% têm como principal desejo profissional abrir o próprio negócio. Esse desejo é ainda mais forte entre os que possuem maior escolaridade e entre jovens pretos e pardos.
A nova geração busca independência, impacto e significado no que faz. Para esses jovens, empreender é uma forma de expressar ideias, gerar impacto social e construir um futuro com mais liberdade.
Ferramentas digitais impulsionam novos negócios
A revolução digital democratizou o acesso ao empreendedorismo. Hoje, é possível começar um negócio com um celular, uma boa ideia e presença nas redes sociais.
Plataformas de e-commerce, cursos online, serviços de pagamento e marketing digital são aliados importantes. Isso possibilita que mais brasileiros consigam tirar suas ideias do papel com baixo custo e agilidade.
Empreender é desafiador — e a legislação precisa acompanhar
Apesar do otimismo, os desafios ainda são muitos. A burocracia, a carga tributária elevada, a dificuldade de acesso ao crédito e a insegurança jurídica impedem milhares de negócios de prosperarem.
Se queremos um país mais justo e competitivo, é preciso que o Estado apoie o pequeno empreendedor com políticas públicas modernas e eficazes.
A legislação tem que ajudar!
O meu trabalho como Deputada Federal tem sido justamente esse: garantir que a legislação esteja do lado de quem quer crescer.
Entre as principais ações, destaque para a criação do Código de Defesa do Empreendedor, já aprovado na Câmara dos Deputados e aguardando votação no Senado. Esse código busca simplificar normas, garantir segurança jurídica e dar mais liberdade para quem empreende.
No Dia do Trabalhador, celebremos também o empreendedor
Empreendedores são trabalhadores. São pessoas que acreditam em suas ideias, enfrentam riscos e criam valor para a sociedade. No Dia do Trabalhador, precisamos celebrar também quem decide construir o próprio caminho, gerar empregos e impulsionar a economia local.
Conclusão
O Brasil é, por natureza, um país empreendedor. Mas o caminho para transformar sonhos em negócios sustentáveis ainda exige muito esforço, coragem e resiliência.
Como parlamentar, sigo comprometida com a criação de leis que estimulem o crescimento econômico, desburocratizem o empreendedorismo e reconheçam o valor de quem trabalha por conta própria.
Porque no Brasil do futuro, empreender precisa ser mais do que um sonho: precisa ser uma realidade segura, acessível e valorizada.
