Adriana Ventura

Frente da Telessaúde debate a transformação digital na saúde

Frente da Telessaúde - saúde

Startups em Saúde Digital: esse foi tema do quarto encontro da Frente Parlamentar da Telessaúde, no dia 13 de julho, na Câmara dos Deputados. 

A presidente da Frente, a deputada federal Adriana Ventura, abriu o encontro lembrando que, apesar da tragédia da pandemia do Coronavírus, a Lei da Telemedicina, aprovada ainda no estado de calamidade pública, ajudou a acelerar a revolução tecnológica na área da saúde.

“O paradigma foi mudado e estamos aqui hoje para ouvir relatos de empresas que estão trazendo soluções inovadoras, disruptivas, para ajudar a solucionar essa crise”, ressaltou.

Atualmente existem mais de 500 startups na área da saúde. Recursos como telemedicina, tele-atendimento, prontuário eletrônico, assinatura e receita médica digital são os principais serviços oferecidos por empresas de tecnologia para o setor de saúde.

Os convidados do encontro foram: 

  • Ihvi Aidukaitis, presidente da Associação Brasileira de Start-ups em Saúde.

Para Aidukaitis, será neste ano que o setor irá sentir efetivamente os resultados da participação das startups na área da saúde em relação aos investimentos realizados. “Ano passado já estavam em negociação os investimentos nas startups da saúde, mas o reflexo da pandemia neste segmento será percebido mais forte ao longo deste ano”, declarou.

  • Leandro Rubio, CEO da Starbem e fundador da Missão Covid. 

Já Rubio, explicou que a Missão Covid nasceu da ideia de três amigos quando os primeiros casos estavam começando a surgir no país. “É uma startup sem fins lucrativos que leva atendimento médico 100% gratuito para os pacientes com sintomas da Covid-19 através da telemedicina”, diz. Segundo ele, a Missão Covid já atendeu mais de 260 mil pacientes em apenas 12 meses de operação. O fundador da  Missão Covid afirma que o acesso à saúde por meio de tecnologia traz: desmonetização da saúde,  maior alcance de atendimentos, sustentabilidade dos sistemas de saúde, e impacto comportamental. 

  • Cesar Giannotti, COO da Nexodata, startup de prescrição eletrônica. 

Giannotti salientou que a experiência tem mostrado que a jornada do paciente é importante para a eficiência do tratamento. “O histórico do paciente auxilia no tratamento, pois o médico sabe quais foram os medicamentos já prescritos e assim não precisa começar do zero”, disse. O COO da Nexodata aponta que a prescrição eletrônica evita as saídas dos pacientes de casa, dessa forma causa menos exposição a doenças, mais conforto e principalmente agilidade no tratamento.

  • Victor Gadelha, Head de inovação médica e Hospitais da DASA.

Gadelha falou em sua apresentação sobre o Monitoramento Remoto de Pacientes (MRP) que é uma capítulo da telessaúde que consiste em um conjunto de tecnologias que facilita a interação dos pacientes com os profissionais de saúde fora dos cenários tradicionais onde ocorre a relação médico-paciente. “As vantagens da MRP são várias, dentre elas: aumenta o engajamento dos pacientes; melhora o acesso a saúde de qualidade; manejo de doenças crônicas; diminui custo”, exemplificou Head de inovação médica.

  • Vitor Asseituno, presidente da Sami Saúde, startup de planos de saúde digitais. 

Asseituno falou sobre a importância da informação para decisão do paciente na hora de procurar ajuda médica e exemplificou com o caso de uma pessoa que está passando mal em casa e não sabe se é melhor ir, mesmo sendo de madrugada, ao hospital para se consultar com o médico ou se dá para marcar com o especialista outro dia. “Quem tem filho sabe que os pediatras fazem telemedicina há anos. Afinal, a criança pequena deu febre e a mãe já liga para o pediatra para saber o que fazer para baixar o quadro febril e normalmente os pediatras fazem a consulta, assim como a prescrição do medicamento por telefone mesmo e diz sobre a necessidade de ir ou não ao consultório”, lembrou o  presidente da Sami Saúde.

 

Publicar comentário

Vem falar comigo!