Adriana Ventura

A perseguição à Lava Jato continua?

Atuação contra os juízes da Lava Jato preocupa deputada Adriana Ventura
Atuação contra os juízes da Lava Jato preocupa deputada Adriana Ventura

Decisão polêmica do CNJ sugere perseguição à Lava Jato

No dia 16 de abril de 2024, o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revogou o afastamento da juíza Gabriela Hardt e do juiz Danilo Pereira, ambos agentes da Justiça em Curitiba que se notabilizaram durante a Operação Lava Jato. Os dois magistrados vêm trabalhando, há anos, na luta contra a corrupção, a favor da transparência, contra os malfeitos dos governantes, a favor do cidadão brasileiro e da boa gestão dos recursos públicos.

A revogação do afastamento foi decisiva após o voto do ministro Luís Roberto Barroso, ao considerar os dois juízes inocentes.

“Precisamos reconhecer, agradecer e valorizar o importante voto do ministro Barroso: um voto equilibrado e que devolveu a lucidez ao Conselho Nacional de Justiça”, considerou a deputada Adriana Ventura (NOVO/SP).

Por outro lado, o CNJ manteve o afastamento dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima. “Não há dúvidas de que até o CNJ está contaminado, cego e politizado. Qualquer pessoa no Brasil, incluindo os membros do Poder Judiciário, podem ser suspeitos. Todos podem ser alvo de ataques e de narrativas, invertendo os fatos”, afirmou a deputada Adriana Ventura.

Os críticos da Lava Jato continuam na sanha de tentar impor narrativas à sociedade civil de que os ladrões não foram os corruptos, mas sim os procuradores e juízes que combateram justamente a corrupção. A deputada Adriana Ventura, indignada, assim se manifestou:

“A perseguição à Operação Lava Jato continua viva e forte, causando prejuízos e perdas irreparáveis ao Brasil. É uma vergonha nacional! Que país é esse? No Brasil do ‘amor que venceu o ódio’, parece que o bem está perdendo para o mal. A verdade precisa ser restituída, e as narrativas dos anti-lava-jatistas precisam ser desmascaradas”.

Toda essa querela tem a ver com o acordo feito pelos magistrados com a Petrobrás. Os opositores da Lava Jato alegam que aqueles que lutam contra a corrupção fizeram exatamente o mesmo dos que foram “descondenados”: de que teria havido um grande esquema de corrupção e peculato (desvio de dinheiro público).

O acordo entre a Lava Jato e a Petrobras é favorável ao País, pois permitiu que bilhões que iriam para os Estados Unidos ficassem no Brasil, depositados num fundo financeiro. Tal acordo foi considerado legal e legítimo, mas o Conselho Nacional de Justiça segue ignorando as evidências e as provas do processo.

Um outro aspecto vem sendo assinalado como polêmico por parte de especialistas e operadores de Direito: o corregedor do CNJ, que conduziu o processo contra a juíza Gabriela Hardt, foi escolhido por Lula para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2008. Já começam a surgir questionamentos se o corregedor não deveria ter se considerado suspeito.

Outros agentes da lei também sofreram diversas sanções: uns foram afastados, outros demitidos, uns exonerados, outros tiveram penas convertidas em suspensão, sem contar o dano à reputação deles. Esse tipo de procedimento junto aos defensores da lei são típicos de um Estado de Exceção, como nas ditaduras, nunca numa democracia.

“O que é triste constatar no nosso Brasil é que, enquanto os grandes corruptos, investigados e acusados, saem impunes, como Lula e seus asseclas, os agentes da Lei, que combatem a corrupção, é que estão sendo punidos e difamados. Mas nem tudo está perdido. Confio na Justiça brasileira. E o meu partido, o NOVO, também”, finalizou a parlamentar.

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