Seis em cada 10 crianças e adolescentes vivem em situação de pobreza no Brasil. Vamos mudar isso!
A proteção das crianças e dos adolescentes é um Direito Constitucional.
Assim como são os direitos à educação, à alimentação, à saúde, ao lazer. A família, a sociedade e o Estado devem trabalhar juntos para garantir que as crianças vivam bem, com dignidade e respeito, e afastadas de qualquer violência. Como bem diz o ditado africano: “é preciso toda uma aldeia para cuidar de uma criança”.
Mas isso não está acontecendo e a gente sabe.
As crianças – que são aquele futuro melhor que a gente tanto quer –
não estão crescendo em segurança, não estão aprendendo na escola e muitas vezes ainda são obrigadas a trocar o brincar por trabalho! Criança deveria dar trabalho e não trabalhar – já dizia o grupo de música infantil Palavra Cantada. Pois é. Não é o que acontece no Brasil.
Estudo feito pela Unicef e publicado em agosto de 2018, mostrou que SEIS em cada DEZ crianças e adolescentes vivem em situação de pobreza no nosso país.
Isso mesmo… no Brasil, há 53 milhões de crianças e jovens com menos de 18 anos e, desses, 32 milhões de crianças e jovens vivem na miséria!
Vive em pobreza monetária, segundo a Unicef, a criança ou adolescente de família com renda inferior a 346 reais, por pessoa/mês na zona urbana e de 269 reais por pessoa/mês na zona rural… Triste, né?
E tem mais dados chocantes…
- 13,3 milhões de crianças e adolescentes vivem sem saneamento básico adequado;
- 7,6 milhões de crianças e adolescentes vivem sem água encanada;
- 8,8 milhões de crianças e adolescentes ainda estão sem educação;
- 6,8 milhões de jovens de 10 a 17 anos não têm acesso à informação – ou seja, à internet ou à televisão;
- 5,9 milhões de crianças e adolescentes vivem sem moradia;
- e 2,5 milhões de crianças trabalham! Sim, TRABALHAM!
Dá pra gente mudar isso? Sim. Precisamos criar políticas públicas que coloquem nossas crianças e nossos jovens em primeiro lugar. Precisamos olhar para a base. E cuidar desde o começo da vida. A gente pode fazer melhor.
Para começar, o compromisso pela primeira infância deve ser a prioridade das prioridades. Todo mundo aprendeu com aquele filme lindo, O Começo da Vida, que a fase que vai do nascimento aos seis anos de idade é a mais importante para o desenvolvimento cerebral. E que esse desenvolvimento depende de amor (vínculo), segurança (estabilidade) e, claro, estímulos, muitos estímulos. Uma criança esquecida em um berço não se desenvolve bem. Uma criança com medo não se desenvolve bem. Uma criança que vive doente não se desenvolve bem. Uma criança sem colo, afeto, calor de mãe e pai (ou de cuidador) não se desenvolve bem…
Devemos pensar em políticas públicas eficientes para essa fase e em todas as áreas, interligadas, saúde, educação e assistência social. Como diz tão bem um provérbio africano: “é preciso toda uma aldeia para cuidar de uma criança”.
E quais são as metas do Novo?
- Manter e melhorar o Bolsa Família;
- Rever demais programas sociais para que beneficiem os brasileiros mais pobres;
- Criar portas de saída dos programas sociais e da pobreza via mercado de trabalho e qualificação profissional;
- Unificar e simplificar a distribuição de recursos de assistência social via cadastro único eficiente e cartão eletrônico.